As preces atendidas e a formação do “Primeiro Amor”: O Paroquiato do Pe. Jacinto Furtado de Brito Sobrinho (1972-1994)

domingo, 16 de novembro de 2008 3 comentários

Em 19/03/1972, o Pe. Jacinto Brito foi nomeado e empossado na paróquia pelo bispo D. Pascásio Hettler nas presença de vários padres e do prefeito de Pedreiras, Carlos Augusto Martins, além dos fiéis pedreirenses e de uma comitiva de Bacabal.
Pe. Jacinto viveu dois meses hospedado na casa paroquial onde ficavam as irmãs, até que a casa ao lado, recém-adquirida, ficasse pronta. Ao chegar, ele encontrou a paróquia muito decaída, principalmente pela vacância de 2 anos e logo, junto com as irmãs começou a criar grupos de apoio e trabalho. Foi feita uma campanha para arrecadação de fundos para a paróquia e um trabalho de reconhecimento das comunidades do interior, onde foi realizado um curso para dirigentes de comunidades e implantada a semente das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s).
Com a visita pastoral de D. Pascásio em outubro, foi combinada a construção do Centro Paroquial, futuro Centro Comunitário Paulo VI.
1973 viu a reorganização do Apostolado da Oração, o crescimento do movimento jovem, um culto ecumênico com a Assembleia de Deus, a pregação de leigos, a formação do Conselho Paroquial, a aquisição de um Jeep Ford, o lançamento da pedra fundamental do Centro Comunitário Paulo VI (CCPVI), a investidura de 4 ministros da comunhão (Newton Barbosa, Raimundo Arruda, Lauzimiro Silva e José Ribamar Santana), o início do sonho da igreja de N. Sra. das Graças e crescimento da catequese nas comunidades do interior.
1974 viu uma enorme enchente que desabrigou 12 mil pessoas em Pedreiras e a igreja trabalhou na doação de alimentos e na celebração de missas nos abrigos para animar o povo. Chegaram na paróquia as irmãs Aroni Rauen e Marina Gonçalves. Surgiu o Clube Vocacional, Clube de Mães “Rosa de Maio” e o Grupo de Cursilhistas. O início da construção da Igreja do Engenho, o fim da construção da laje do térreo do CCPVI e a reforma do presbitério da matriz.
O ano santo de 1975 viu a “marcha da reconciliação” na quaresma, o Clube Vocacional Feminino, uma exposição histórica pelos 35 anos da paróquia, o surgimento do “Coral São Benedito” pelas mãos do Sr. João Gomes de Menezes, novo ministros da comunhão e a circulação do Jornal Leva e Traz.
1976 viu a inauguração do CCPVI em 24/04, a bênção da igreja de N. Sra. das Graças em 31/05, o fim da reforma da Matriz em 29/09 e a ida para o seminário do jovem José Almeci Calixto de Araújo que seria o 1° padre a ser ordenado em Pedreiras. Começou-se o festejo de São Francisco no Mutirão e aquisição do terreno do Sítio Santa Teresinha, além de cursos bíblicos e exposições. Também foi fixado o último domingo de novembro para a data da Festa de São Benedito.
Até 1977 a paróquia viu os Votos Perpétuos da Ir. Aroni, acontecimento inédito em nossa paróquia.
Pela nota histórica de Fr. Germano de Cedatre, 1978 foi dedicado ao ano da “Festa Centenária” de São Benedito. Com grande peregrinação da imagem pelo interior, a imagem veio no primeiro dia da festa de Lima Campos recepcionada pelo padre e pelo prefeito de Pedreiras, Josenil Nascimento. Nesta data foi entoada a Ladainha de São Benedito composta por João Gomes de Menezes, exposições, missa na “pedra grande” com colocação de um cruzeiro na pedra, apresentação de grupos folclóricos no patamar, a publicação do livrinho “São Benedito, vida e veneração”, uma cartão postal com a foto da igreja e a composição de João do Vale da música “Benedito Centenário” e a instalação da urna centenária com os documentos da festa. Uma enorme procissão e uma bênção especial do Papa João Paulo II com matéria no Jornal O Estado do Maranhão também tiveram destaque.
1979 teve um grande crescimento dos grupos, a continuação das obras no Engenho e a aquisição das cadeiras do CCPVI, a formação das “equipes dos setores” e a visita de Pe. Jacinto aos benfeitores da Europa.
1980 viu a festa dos 40 anos da paróquia celebrada junto com a paróquia-mãe de S. Luis Gonzaga com várias atividades. Na vigília Pascal ressoou na igreja um órgão eletrônico, doado ao Pe. Jacinto pelos amigos alemães. O jovem José Alberto era o organista. Entrou neste ano no seminário o jovem Antonio Carlos Lima. Foi iniciada em janeiro a construção da casa das irmãs, concluída em novembro. O Patamar foi renovado e a imagem de S. Benedito restaurada.
1981 viu a ordenação do Pe. Almeci, filho da paróquia e primeiro padre ordenado em Pedreiras em 08/12. Ingressavam nesse ano no seminário José Alberto e Edilson, ambos futuros párocos de S. Benedito. Foi também o ano da construção da igreja de S. Francisco no Mutirão.
1982 viu a reforma da casa paroquial a construção de um salão de reuniões no Sítio Santa Teresinha, peregrinação com a imagem de S. Teresinha no goiabal, comemoração pelos 800 anos do nascimento de S. Francisco no Mutirão, aquisição de terrenos para um Centro Comunitário no Engenho, outro no Diogo e outro no Goiabal e as mortes de D. Carlos Carmelo, criador da paróquia, Mons. Gerson, 2° pároco e de Pe. Delfino, 1° pedreirense padre.
1983 e 1984 foram marcados pelos intempéries da natureza, a seca de um ano e a enorme cheia de outro trouxe grandes prejuízos para o povo, mas alavancou o trabalho solidário da paróquia, tendo como maior tragédia a queda da ponte sobre o rio Mearim em 15/06/84. Neste ano criou-se o costume de abençoar os casais na missa do último domingo do mês. Foi começada a construção da capela lateral da matriz em setembro e casa de hospedagem no sítio.
1985 viu nova enchente que transformou o CCPVI em abrigo. A casa paroquial foi demolida e começou-se a construção de uma nova. Um congresso de jovens aconteceu na SUCAM. Em 14/07 foi ordenado diácono o jovem Antônio Carlos na igreja do Mutirão e ordenado padre em Caxias o Pe. José Ribamar de Jesus, 2° padre de pedreiras em 5 anos, tendo celebrado sua primeira missa na cidade em 01/12. Também houve a montagem de um grande presépio pelo seminarista Helio Silva.
1986 começou com a ordenação do Pe. Carlinhos com grande festa em 20/01. Em 19/05 é inaugura da nova casa paroquial com a bênção de D. Pascásio.
1987 foi o ano das ordenações dos padres José Alberto e José Edilson, prepara com muitas atividades. Em 26/07, o Pe. José Alberto foi nomeado vigário paroquial. Na noite de Natal foi inaugurada a capelo do Santíssimo Sacramento na matriz. Ainda neste ano iniciou-se a construção de uma capela na prainha com uma novena. Com a presença de Luis Mario Lula, seu criador, o CRESMAM comemora seus 25 anos.
A paróquia passou por grande crescimento pastoral na virada da década de 1980 a 1990.
Grande destaque merece a comemoração do cinquentenário da paróquia em 1990, acompanhada por muita festa e uma ampla programação.
Em 1994, Pe. Jacinto foi escolhido para ser Vice-Reitor do Seminário Interdiocesano de Santo Antonio em São Luis. Sua saída da paróquia trouxe forte comoção aos fiéis. Até hoje, o já D. Jacinto sempre se refere a Pedreiras como seu “primeiro amor”.


Os textos desta história que vai até o paroquiato de Pe. Jacinto foram tirados do livro "Fontes nas Pedreiras" de 1988, escrito pelo próprio Pe. Jacinto. Para colaborar com fotos ou depoimentos da época e para a história mais recente da paróquia, envie um e-mail para carlos_pedma@hotmail.com.

3 comentários:

  • Anônimo disse...

    Olá amigo, paz e bem!!! Sou pedreirense de coração, moro a 15 anos em Joinville sc, morei muito tempo em São Paulo, e no ceará tbm; estive aí pela ultima vez em 1986,conheço um pouco da história de Pedreiras, mais me emocionei quando li a hitória da paróquia, lembrei do Pe. Jacinto, José Alberto, Almeci, Edilson, Carlinho, Ribamar meu chará, enfim. Aí morei no Sítio Novo, Centro do Julião, Seringal, meu Deus quanta saudade. Um forte abraço a todos, e meus amigos do Corrêa de Araújo. Meu nome é: José Ribamar Figueiredo Silva.

  • cariolano disse...

    oi boa noite gostei muito. da historia da paroquia
    mando um a braço a todos os paroquianos,todas as pastorais, em especil a pastoral do batismo
    eu fis parte dela.
    ass. cariolano.

  • matildes disse...

    Boa noite, estava vendo a história da Paróquia e fiquei muito feliz porque também fiz parte desta historia juntamente com minha família e papai teve um papel muito importante ele foi ministro extraordinário da Eucaristia vi o nome dele nesta postagem é: Raimundo Arruda. Hoje moramos no DF, ele já está muito velhinho mas continua firme e forte, graças a Deus. Amamos esta cidade maravilhosa!!!!!!!Paz e bem a todos.
    Matildes Alexandre Arruda

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