Pedreiras - Parte da Paróquia de São Luis Gonzaga.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Não podemos nos situar bem em Pedreiras, sem estarmos com o pé no chão em São Luis Gonzaga, Paróquia mãe de São Benedito. Segundo o Dicionário Histórico e Geográfico da Província do Maranhão, a Paróquia de São Luis Gonzaga foi criada pela Lei Provincial n° 196 de 29 de agosto de 1844. Era então o bispo do Maranhão D. Carlos de S. José.

A partir de 1902, D. Antonio Xisto Albano, bispo de São Luís do Maranhão nomeia o Superior da Missa Capuchinha de Barra do Corda, “encarregado” de São Luis Gonzaga. Vários Frades passam a exercer o ministério na paróquia.
Segundo o livro de Batizados, de 29/07/1923 a junho de 1925, o vigário da paróquia era o Pe. Jayme de Brito que passou, assim como seus sucessores a residir em Pedreiras.
De certo, o livro n° 1 de batizados da Paróquia de São Luís Gonzaga, dá conta que as primeiras visitas de padres ao “Lugar das Pedreiras” data de 1846 com missa, batizados, casamentos e o sermão. Fontes históricas não 100% seguras dizem que a 1ª missa em Pedreiras foi no dia 29/01/1863 pelo Pe. Manoel Ribeiro de Macedo Câmara e Motta, vigário encomendado de São Luis Gonzaga na casa de Raimundo Nonato das Neves, o que vem a atestar não haver ainda nenhuma capelinha na localidade. Outas “desobrigas” aconteceram antes a mais antiga datada de 02/02/1848.
Outras visitas de padres entre 1848 e 1880 aconteceram nas casas e fazendas do Tenente Coronel Rodrigues Nina, de Dona Rosa Emília Ferreira Lisboa, de Raimundo Honório Bayma Lago, do Tenente Coronel Raymundo José Ferreira Valle, de Raymundo Feliciano Cantanhêde, e do Tenente Coronel Raymundo Audio Salazar.
A mudança da designação “lugar” para “povoação” leva a crer que a população de Pedreiras crescia, principalmente devido ao crescimento econômico da região, o que leva a mais visitas e as chamadas “missões”, próprias de padres capuchinhos.
Neste período, Pedreiras passou pelas mãos do Pe. José Gonçalves de Oliveira (de 1880 até seu lamentável suicídio em 05/05/1902). Depois, Pedreiras continuou sendo assistida por vários frades, visto estar na rota fluvial Barra do Corda – São Luis Gonzaga – São Luís. Informações mais precisas venham a existir apenas a partir de 1920 com Frei Germano de Cedrate. Neste período passa-se a citar pela primeira vez a “Capela da Vila das Pedreiras”, que segundo Frei Germano, existia “desde o ano de 1878 (...) erecta naquelle tempo pelos esforços de mesmo povo, havendo em sua frente o piedoso Manoel Correia do Lago Baima.”
Por causa das péssimas condições da construção Frei Germano continua, dizendo ter sido mandado para cuidar da construção de uma nova igreja, depois de pedidos do povo aos frades capuchinhos.
A construção desta nova igreja durou 1 anos e 2 meses, sendo inaugurada em 07/09/1919, com uma programação de 7 dias de festas, e o festejo de São Benedito entre 12 e 21/12/1919.
Ainda sob o comando de padres capuchinhos merece destaque a visita de D. Helvécio Gomes de Oliveira de 18 a 20/11/1921 onde foram realizadas celebrações do Crisma.
Após este período, a paróquia volta a mãos de diocesanos, com o Pe. Jayme de Brito Barbosa e o Pe. Luiz Gonzaga da Silva, período do qual pouco registro se tem.
A transição de Pedreiras como parte da paróquia de São Luis Gonzaga para Pedreiras como paróquia autônoma teve a frente o Pe. José de Ribamar Nonato Raposo que permaneceu aqui entre 29/07/1935 a 07/07/1940. Pe. Ribamar trabalhou pela reforma de “quase abandonada igreja de São Benedito” e pelo reavivamento da fé dos fies, descrita pelo padre como “tristíssima”. Merece destaque também deste período, a primeira missa do Pe. Raymundo Carvalho em 06/01/1936. Pe. Raymundo foi o primeiro pedreirense a ser ordenado sacerdote.